Vinicius
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Me de a razão mas não me de a escolha...
Ruas tortas e estradas sem fim aqui estou...
Por séculos mais uma vez e mais um dia de caminhada, mais lá estão às tropas armadas, prontos para o sinal de inicio de uma grande batalha... O povo grita pedindo a razão e os corpos lá estão sobre o chão.
Deito-me e vejo o mundo revirado sobre meus lençóis todas as noites que tento fechar meus olhos... A cada passo que dou nessas ruas tortas aqui estou e o farol está quebrado a cidade está vazia e sinto que as estrelas estão sobre meus pés.
Relembro as coisas certas que fiz e encaro que hoje elas estão erradas e então aqui vou eu...
Este mundo agora não tem nome e está revirado, mas estou forte. Perdi o mapa com rabiscos e o meu rumo ao meio de ruas tortas e vazias, aqui vou eu mais uma vez...
A batalha está rolando e os povos que na cidade habitavam gritam por glória e lá estão alguns homens que enviei a luta, apenas um voltou no cair da noite, disse em poucas palavras de que nada existiria mais se não existir a razão, disse no final que um inimigo estaria próximo e que se aparentava muito a mim...
Pego e grito como todos, desejando a razão...
Não peço uma segunda chance, só desejo a razão nesse mundo que agora está revirado em meus lençóis, nas estradas sem fim nas ruas tortas e no mundo deixado para trás...
Me de a razão, mas não me de a escolha, se não vamos cometer o mesmo erro pensando no certo... Um dia posso encontrar o inimigo e saber o porquê tudo está se acabando...
vou pedir que não acredite nas promessas por que elas não serão cumpridas, olhe para o ontem e veja o resultado de hoje, o mundo gritando e chamando a razão... Me de a razão só não me de escolhas...
Veja como os homens estão caindo todas as noites, a batalha vai chegar em seu fim e ninguém terá sentindo algum, só peço que me traga a razão, se não vou continuar na caminhada de todos os dias, sozinho procurando a razão e nas noites o mundo revirado em meus lençóis ...e então grito para que me traga a razão só não me de escolhas...
Texto de Vinicius Fonseca
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário